21 de fev. de 2009

Camisa dos Camelos de Mochila

Amigos e amigas;
Peguei hoje (20/02) as primeiras duas amostras das nossas camisas.
Posso afirmar que ficaram espetaculares.
Levei para análise do Léo e ele também adorou o produto acabado.
Tiramos fotos e o Léo vai postar no blog e na comunidade ainda hoje.
Importante que o pessoal já começe a mandar as encomendas, porque estaremos fazendo o primeiro pedido até a segunda semana de Março (data a ser confirmada).
Para isso, precisamos dos dados pessoais (Nome, sobrenome, apelido caso queira, tipo sanguineo e outras observações médicas), além do´tamanho da camisa e do modelo (treking ou bike).
A forma das camisas são grandes.
Comprei duas médias e elas ficaram folgadas. No próximo pedido, optarei pela pequena.
O pagamento deve ser antecipado, com depósito a ser efetuado na conta do Fábio, que está em Santa Catarina e assim que retornar, passará seus dados bancários.
O preço é R$30,00 cada camisa.
Abraços.
Alberto Monte

Galera a camisa está show!!!!!
Segue as fotos abaixo...o modelo é lindo gente.rsrsrs
Abrs.
Leo Montanha

Frente da camisa de Trilha.
Frente da camisa de trilha.

Frente da camisa de Bike.Costas da camisa de Bike

18 de fev. de 2009

2 de fev. de 2009

PEDAL Rio x Petrópolis

Amigos, algumas imagens do Pedal realizado neste domingo! Depois enviarei os vídeos e mais fotos!

Trajeto Rio x Petrópolis x Rio
Participantes: Alberto, Sandro e Fábio
Distância 100Km

Grande abraço, Fábio














RELATO DO ALBERTO
PEDAL RIO/PETROPOLIS – TOMBO, SUOR E GLÓRIA

PEDAL RIO/PETROPOLIS – TOMBO, SUOR E GLÓRIA
Grandes companheiros.
São 22:35hs de 01/02/2009. Estou quebrado, muito cansado e colocando minhas já tradicionais compressas de gelo nos joelhos.
Contudo não poderia ir dormir, sem antes relatar, na medida do possível tudo o que ocorreu nesta memorável excursão de bicicleta até Petrópolis.
Quatro horas já estávamos acordados, eu, Sandro Yoga e Fábio.
Preparativos iniciais e as 5:05hs Fábio estava encostando seu carro na minha garagem. Pra variar atrasado, pois a programação era que as 5:00hs já estivéssemos na pista.
5:25hs, após uma providencial oração, saímos. Pra variar foi aquele sufoco inicial para atravessar da Penha até a Av. Brasil em plena madrugada de Domingo, com todo o risco que uma madrugada pós- balada apresenta a um trio de doidos fantasiados com roupas colantes e bicicletas reluzentes e espetaculares pode oferecer.
Pegamos a Rio-Petrópolis e seguimos num bom ritmo durante os primeiros 15km, onde paramos em um posto para enchermos os pneus dos Camelos.
Cabe aqui uma observação antes de prosseguir:
Desde ontem eu não vinha me sentindo muito bem para este pedal. A tensão era grande, Por toda a carga negativa que as duas tentativas anteriores de fazer um pedal envolvendo Petrópolis.
Não me considero supersticioso, mas acredito em “sinais” que de algumas formas nos são enviados.
Foi no posto de gasolina que começaram os transtornos.
Logo ao pararmos, esbarrei no meu retrovisor e ele voou, quebrando o espelho. Não falei nada, mas senti logo um arrepio e fiquei cauteloso.
Enchi os pneus dos dois camelos e ao encher o meu, a minha válvula deu pane e o pneu foi à lona. Sufoco. Nada de conseguir encher o raio do pneu.
Após várias tentativas o pneu encheu.
Já dia claro, com promessa de sol forte, seguimos.
Início de serra e aquele sufoco inicial para vencer os 21km de subida da Serra.
Os primeiros 7km (observem o nº) foram tranqüilos, até que o Sandro e o Fábio caem simultaneamente de seus camelos de forma inacreditável, após passarem por um cabo elétrico de menos de 1 cm de diâmetro, colocado no acostamento por operários da via.
Não gostei nada daquilo e 15minutos depois quase caio também, passando por um cabo idêntico.
12km. Meu pneu arriou novamente. Após duas tentativas enchendo os pneus com a bomba e seguindo, desisti e então o Fábio mostrou os seus dotes de borracheiro e trocou rapidamente minha câmera de ar.
Como o Fábio a esta altura estava exausto, pedimos para ele seguir subindo que nós o alcançaríamos após remontarmos o pneu e enchê-lo.
Mais uma surpresa: A câmara de ar reserva, nova e no saco lacrado também estava com vazamento na válvula.
Não havia remédio. Enchi o pneu o máximo que pude e seguimos assim mesmo.
Logo que seguimos, para minha surpresa, o Sandro, que até então vinha fazendo uma subida espetacular, tranqüilo e sem maiores dificuldades; travou.
Seu sistema metabólico não se recuperou da parada repentina e relativamente longa e simplesmente ele não conseguiu mais imprimir o ritmo de subida que vinha dando antes da parada.
Foi um sufoco, pois ele andando e empurrando o camelo ia mais rápido do que montado e pedalando.
Seguimos assim mesmo, atrasados, cansados, com a serra já apresentando um trânsito infernal de carros e super motos a toda velocidade e para piorar, vários grupos de ciclistas que passavam por nós como foguetes, ignorando completamente nossa dificuldade (ô raça desunida hehehe).
Os últimos 8km de subida foi um suplício para o Fábio e o Sandro, com uma sucessão interminável de descidas dos camelos e caminhada sofrida pela pista.
Eu tentava de todas as formas motivá-los, procurando acompanhar sempre o mais atrasado, dando força e elogiando, mas confesso que foi barra, porque aquela estranha “sensação” de que o pior ainda estava por vir, não me largava.
Chegamos ao mirante do cristo, quase às portas de Petrópolis. Não sei a que horas, porque àquela altura já havia desistido de olhar o relógio, para não me assustar, porque, apesar de estarmos na serra, em meio à vegetação relativamente densa, o clima já estava esquentando, e não conseguia parar de pensar no sufoco que seria a volta.
Enfim, chegamos à Casa do Alemão, na entrada da cidade imperial de Pedro. Eram 10:50hs. Estávamos com 2:20hs de atraso, pois a minha previsão de chegada era para as 8:30hs.
Agora não havia mais remédio e o negócio era relaxar.
Foi uma farra de croquetes, brioches e lombo no pão. Uma festança gastronômica, devidamente registrada pelo nosso câmera Muito Doido.
As 12:00hs resolvemos iniciar a descida e deixar Itaipava para outra ocasião.
A esta altura, o sol já estava rachando nossas moleiras e encaramos uma subida de 1km até iniciarmos a vertiginosa descida da Serra.
O Fábio, com sua super e aerodinâmica reclinada disparou, seguido pelo Sun e por mim na retaguarda.
Aquela estranha sensação não me largava e aquilo me impedia de deixar meu camelo descer livre.
Em outra ocasião, desci aquela mesma serra com uma velocidade média de 51km/h, mas desta vez, algo (ou alguém) não me deixava passar dos 37km/h.
Uma estranha sensação de que meu camelo estava inseguro e as rodas traseiras iriam cair me apossou e um princípio de pânico começou a me dominar.
Me esforcei para reequilibrar-me emocionalmente, pedi forças aos benfeitores espirituais e mantive-me na pista no meu ritmo lento, para os padrões normais.
1º túnel – O Sun tirou uma mão do guidão da Preta Gil (nome do seu camelo) e deu uma leve balançada. Aquilo me assustou um pouco e aquela estranha sensação veio à tona de forma mais intensa.
2º túnel – Sun tira outra vez a mão do guidão e tira os óculos. Mais uma balançada e eu gritei para ele não repetir aquele gesto. Ele nem ouviu e seguimos...
Resolvi acelerar um pouco para encostar nele e conversarmos (o Fábio já havia sumido do mapa a tempos).
Me aproximava mais dele até que entramos no:
3º túnel – Tudo bem, até que de repente, a 50 metros de uma curva para a esquerda, o túnel se transformou num mar de escuridão.
Não se via nada!
Nada!
Eu corri com a mão para o meu capacete, buscando acender a minha lanterna de testa. 35km/h.
Havia tirado a lanterna na Casa do Alemão...
Que merda. Vai ser agora...
O pressentimento...
Meu Deus...
Não vejo nada...
Logo agora e não passa nenhum carro para iluminar esta merda...
A lanterna traseira do Sun está piscando e será o meu farol...
Não vejo nada...
Só aquela pequena luz vermelha piscando a 5 ou 10 metros de mim...
NÃO VEJO NADA!!!!!!!!!
Ele caiu....
O Sun caiu!!!
Só vi aquela lanterna tombar.
Carallllhhhhooooo, não vou conseguir freiar......
Vou cair por cima dele......
A luz vermelha se aproxima......
FREIAAAAAAAAAAAA...
Derrapada e meio cavalo de pau a maio metro daquela lanterna caída....
Cade o Yoga?????????
YOOGAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só vinha a minha mente o acidente com o Sandrão, a dois anos e a sua fratura exposta no braço. Não iria resistir a mais uma daquelas.
O Yoga deve estar em estado de choque e todo quebrado sem sentir nada. Deve estar todo quebrado!
Tô legal Alberto!
Tá legal mesmo?
Fui logo tateando os seus braços na escuridão para procurar os ossos quebrados...
Tô legal Alberto!!!!!!!
GRAÇAS À DEUS!
DEUS SEJA LOUVADO!
O SUN FOI PEGO NO COLO NA HORA DA QUEDA!
Era queda pra morrer.
Empurramos os camelos até a saída do túnel e começamos a avaliar os possíveis estragos.
NADA!
Apenas leves escoriações nos ombros e no ante- braço.
Não era pressentimento, era um alerta!
Yoga se lavou em uma pequena nascente na saída do túnel, reparei a Preta Gil.
O Fábio retornou, após ser avisado por uma motorista apavorada aos prantos dizendo que havíamos morrido no túnel.
Foi um tremendo susto e uma tremenda lição para nós três.
Mas ainda não haviam acabado as surpresas.
O pneu traseiro do Fábio furou e o Mané não levou câmara de ar reserva.
Bomba o pneu e segue.
Pára!
Bomba o pneu e segue...
Pára!
Bomba o pneu e segue...
Rotina interminável por uma reta mais interminável ainda, de mais de 13km sob um sol de mais de 40º na cabeça sem uma mísera sombra, até a chegada triunfal quase as 16:00hs na minha casa, regada a banho de mangueira e uma coca cola pet, fotos e filmagens comemorativas após um dia de muito suor, tombo, infortúnios, calor escaldante, mas também com muita solidariedade, companheirismo, superação, amor ao próximo e proteção divina.
Terminamos o dia acompanhados de minha querida esposa e da minha caçula, além da Paulinha Gabi (noiva do Yoga), no Siri da Ilha, saboreando um delicioso risoto de camarão, com uma Anchova grelhada, comemorando o passeio, as superações e a chegada triunfante e íntegra dos Camelos de Mochila.
Certamente, este passeio foi memorável, por todos os infortúnios, acompanhados da superação do grupo nos piores momentos.
Temos muitas histórias pra contar. Algumas relatadas pela câmera, sempre atenta do Fábio e outras não, em virtude de terem sido inusitadas.
Porém, o mais importante foram as lições que aprendemos.
Algumas, colocarei aqui e outras, deixarei para os meus nobres companheiros postarem:
1. Devemos SEMPRE respeitar o cronograma e ter mais atenção aos horários pré- definidos;
2. Devemos SEMPRE manter a coesão do grupo e evitar grandes distâncias entre nós. Assim nos sentiremos mais seguros e teremos uma mão amiga rápida para nos socorrer.
3. Rio/Petrópolis de camelo, só no inverno!
4. Pelo menos 1 câmara de ar reserva para cada roda (somando no mínimo 2 por camelo);
5. Preparo físico não se conquista nas excursões e sim na rotina de treinamento do dia a dia, com abnegação, paciência e DISCIPLINA, superando preguiça, falta de tempo, falta de dinheiro, , falta de motivação, cansaço e tédio;
6. Praticamos atividades de risco e devemos sempre estar preparados para o imponderável, com um bom EPS (Equipamento de Primeiros Socorros) e um equipamento (de bike ou de treking), em perfeitas condições de uso e segurança, dentro das nossas possibilidades, com a melhor qualidade possível, porque o camelo do Yoga só se manteve íntegro, pelo fato de, além de ter havido uma intervenção divina para protegê-lo, a “Preta Gil” é Top de Linha e possui peças resistentes a impacto, como o que ele sofreu.
7. Eu tenho mais do que amigos. TENHO IRMÃOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
São 0:30hs. Tenho que dormir, porque amanhã é dia de luta. Da boa luta...
Abraços fraternos.
Alberto Monte