11 de jun. de 2009

Abrigo no Açu e Trilha nova no PNSO.

É camelada este papo do abrigo no açu tá indo pra frente sim.
O abrigo já está pronto. Vai ser desmontado e levado lá pra cima para ser remontado. A inauguração deverá ocorrer em novembro, quando o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) completará 70 anos.

A idéia do Abrigo no Açu é controlar a visitação, oferecer banheiros com destino adequado do dejetos, aumentar a capacidade de armazenamento de água, servir de ponto de avistamento de incendios, etc.
Além de permitir que se faça a travessia com menos peso (barraca, fogareiro). A localização proposta do Abrigo tenta ser o mais discreta possível, para não interferir com a paisagem dos Castelos.

Outra!
Foi recém-inaugurada a trilha Cartão-postal que permite vislumbrar a biodiversidade da Mata Atlântica em uma caminhada de pouco mais de um quilômetro que leva ao Mirante do Dedo, com uma vista privilegiada e diferente da que se tem do Dedo de Deus no Mirante do Soberbo, na entrada da cidade.

Há, só mais uma.rsrs
A piscina natural do parque está em reformas.

Só para lembrar:

Em 13 de setembro de 2008, por decreto do presidente Lula, o parque teve sua área dobrada de 10600 hectares para 20050 ha.
O Programa Turismo nos Parques é uma parceria entre os ministérios do Meio Ambiente e do Turismo e foi lançado pelo presidente Lula em setembro. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é o primeiro contemplado e receberá R$ 2 milhões do Ministério do Turismo e R$ 800 mil do Ministério do Meio Ambiente para investimento em infra-estrutura para o turismo.
Recursos de compensação ambiental já em execução completam os investimentos que contemplam a construção dos centros de visitantes em Teresópolis e Petrópolis com:
exposições educativas; nova sinalização bilíngüe; recuperação estrutural do centro de visitantes de Guapimirim; construção de um abrigo de montanha nos Castelos do Açu (ponto culminante do Parque em Petrópolis); construção da nova trilha suspensa; construção de um muro de escalada; e revitalização de campings, banheiros e vias internas.

Com informações de O Globo Digital
Abrs.
Léo Montanha

2 de jun. de 2009

"UM CAMELO NA ILHA GRANDE"

Participaram desse trekking: Marcio Marques (eu), Valéria e Léo.
Foram Nove dias, de 11 a 20 de maio de 2009 e aproximadamente 100km, contabilizados pelo GPS.



1º dia (11/5)

Tudo combinado e acertado, na madrugada do dia 11, peço a minha esposa para chamar um táxi e parto para a casa da Valéria e Léo, chego lá as 5:15 e eles já me esperavam com as mochilas no carro. Partimos para Mangaratiba, onde iríamos pegar a barca das 8h. Chegamos com quase meia hora de antecedência, com tempo suficiente para estacionar o carro e irmos para a barca. Passagem comprada entramos e nos acomodamos. Foram quase duas horas até a ilha e não via a hora de chegar e iniciar a logo à tão sonhada volta. Já na ilha, uma breve parada para fotos e “pé na trilha” para o nosso primeiro destino, praia de Palmas. Demos uma passada no camping Paraíso na Praia Brava para dar um alô no João Pontes e resolvemos ficar por ali mesmo.



2º dia (12/5)
Acordamos cedo e partimos para o Farol de Castelhano, passamos por Palmas, Pouso Mangues, Aroeiras e Praia de Castelhano, e com o adiantar da hora, resolvemos não ir ao farol. Na volta, pegamos uma estradinha de terra que leva a igrejinha de Lopes Mendes e pudemos apreciar aquela imensidão de praia, e não é a toa que é considerada uma das praias mais linda da ilha.

3º dia (13)
Acordamos bem cedo, pois o nosso objetivo era Caxadaço, e teríamos que pegar a temida trilha Santo Antonio x Caxadaço. A Valéria partiu na frente, eu e Léo ficamos desarmando o acampamento e nos encontraríamos com ela na bifurcação de Sto. Antonio x Lopes Mendes. Entramos na trilha para Sto. Antonio e logo na frente encontramos a bifurcação para Caxadaço, entramos e fomos seguindo as dicas do J. Bernardo (autor do livro Caminhos e Trilhas da Ilha Grande). A trilha esta bem marcada no início e depois somente algumas marcações antigas nas arvores, mas com calma e muita atenção, da pra fazer na boa (levamos aproximadamente 3h15m). Essa foi a trilha mais bonita que fiz na ilha. Chegamos a Caxadaço e deparamos com aquela praia pequena e maravilhosa, sua água azul e cristalina, e em minha opinião, a mais bonita da ilha, não resisti e fui logo mergulhar.


4º dia (14/5)
Acordamos muito cedo para desarmar o acampamento, pois ali não é permitido acampar, tomamos o café da manha e partimos para o nosso destino, a praia de Parnaioca. Fizemos uma parada em Dois Rios no Bar da Janete e ficamos proseando com o sr Pedro, escutando as historias da ilha e do “Calderão do Diabo”. Quase uma da tarde, “metemos o pé” para o nosso destino, chegando lá por volta das quatro horas, trilha um pouco longa, mas bem tranqüila, ela já sai atrás do camping da Janete. Acampamento armado, dia lindo e noite estrelada, com direito a bolo e parabéns, era aniversário de um dos hóspedes (André Cypriano, fotografo) e quando souberam que naquele dia era o meu aniversário e no dia anterior o da Valéria, nos convidaram para os parabéns, com direito a soprar vela e tudo mais. Fomos dormir com o céu estrelado, mas derrepente o tempo muda, estava entrando uma frete fria com previsão para sexta feira, mas ela se antecipou e tivemos que fazer três pernoites em Parnaioca por causa da travessia do costão do Demo.



7º dia (17/5)

Com o acampamento desarmado, partimos por volta das 9h30m, com destino ao Aventureiro. Atravessamos o rio no final da praia e calçamos as botas, pegamos a trilha para a praia do Leste, e na vertente do morro tinha uma placa informado que era proibido ir adiante, pois se trata uma reserva biológica, e lógico que fomos a diante e um pouco mais para frente já se tem uma linda vista das praias do Leste e Sul com o ilhote ao meio. Atravessamos toda a praia e chegamos ao ilhote, onde tem o mangue, e ai veio pergunta: onde é a passagem? Fui checar a profundidade e uma possível passagem, depois de confirmada, fizemos um lanche e partimos com sucesso para a praia do sul. Começamos a caminhar em direção ao costão do Demo, e confesso que fiquei um pouco preocupado, pois a visão frontal que tínhamos era que a pedra era bem inclinada, quase na vertical com o mar indo lá em cima. Chegando ao costão, vimos que era bem mais fácil que o imaginado, e passamos desviando das línguas negras, que são muito escorregadias. Cruzamos pela praia do Demo e finalmente chegamos ao Aventureiro por volta das 15h30m. Armamos acampamento no camping do Luis e não foi necessário pegar autorização por causa da baixa temporada.







8º dia (18/5)
Partimos do Aventureiro quase 10h da manha com destino a Araçatiba, a Valéria saiu na nossa frente, e de cara pegamos uma subida muito inclinada, a mais íngreme de toda a volta e o esforço foi muito grande, me obrigado a dar algumas paradas para enxugar o suor que caia nos meus olhos, ainda bem que o trecho não é muito longo. Na descida para Provetá se tem uma linda vista da praia de tirar o fôlego, mar azul e transparente e chegando ao final da trilha, me deparei com uma ducha de água desviada de um rio, não resisti, dei um mergulho no mar e fui fazer uma massagem naquela ducha gelada revigoraste. Pegamos a trilha, uma longa subida, no final passamos pela bifurcação para a gruta do Acaia, passamos por Araçatibinha e por fim chegamos no camping Bem Natural, o camping fica no alto, tem que subir uma enorme escadaria, mas a vista é compensadora.






9º dia (19/5)
Partimos cedo e fomos tomar o café da manha no bar da Nena, que no dia anterior, já com o bar fechado e com a maior boa vontade, preparou um belo e suculento PF para mim. De Barriga cheia partimos para o nosso destino, a praia de Bananal. Passamos pelas praias da Longa, Ubatubinha, Tapera - onde comemos um delicioso file de peixe com arroz - Sitio Forte, Marinheiro, Maguaraquissaba, Passaterra, Matariz e depois desse trecho, veio uma boa subida, acelerei o passo e acabei deixando a Valéria e Léo um pouco para trás, pois queria pegar o por do sol em Bananal. Cheguei no Bananal por volta de 17h30m, arriei a mochila o fui contemplar o sol morrendo por traz das montanhas de Angra e nada deles aparecerem, conheci um velho pescador que morava em frente, e ficamos batendo papo. Como eles não apareceram, achei que poderiam ter ficado em alguma pousada então toquei em frente, fui procurar o pescador Zeca na Praia de Bananal Pequeno, ao encontrar o Zeca ele me falou que não tinha como armar a minha barraca, pois não tinha espaço em seu terreno (uma pirambeira danada), então ele me sugeriu que fosse para a praia, ao chegar lá, vi um pequeno cais de madeira e resolvi fazer um “bivak” ali mesmo. Tudo pronto e arrumado fiquei deitado dentro do meu saco, contemplando as estrelas e acabei cochilando, ao despertar, olho para o céu e não vi mais nenhuma estrela, o tempo estava nublado, então achei melhor armar a barraca para não ser surpreendido por alguma chuva. Ao terminar de armar a barraca, começaram a cair as primeiras cotas de chuva, ai pensei comigo mesmo, e agora, será que vai passar e amanhecer um lindo dia, ou ficaria chovendo o dia todo. A chuva ia e vinha e em algumas vezes muito forte, então tive que montar um plano para o dia seguinte, caso amanhece-s chovendo. Coloquei o equipamento fotográfico dentro da mochila, amarrei as botas na lateral e joguei a capa em cima de tudo, me preparando para o pior e o pior veio.



10º dia (20/5)

Amanheceu chovendo bastante, só tinha dormido uma 2hs no máximo, então logo desmontei a barraca e partir para o Abraão por vota das 7hs. Fiquei um pouco receoso, pois estava só e sem poder me comunicar com ninguém, a trilha molhada e escorregadia, mas resolvi encarar, coloquei o papete e “meti o pé”, dei uma pequena parada no Saco do Céu para tomar um bom café da manha e prossegui o meu caminho. Chegando ao Abraão, foi uma felicidade só por ter completado a volta (nesse trecho foram aproximadamente 17km em 6h30m), mesmo com a queimada de algumas etapas (Gruta do Acaia, Sundara, Mirante do Espia e outras praias que acabei passando batido, mas que estarão na minha próxima volta) e ao cruzar o centro do Abraão por volta das 13h30m, escutei alguém me chamando e quando olho, era a Váleria e o Léo, ai me contaram que tinham ficado em uma pousada, pegaram um barco de Bananal para o Abrão logo cedo, pois estava chovendo muito. Fui tomar um banho, comer alguma coisa e pegamos a barca para Mangaratiba das 17h30m, ficando a vontade de quero mais e quem sabe com toda a Camelada. E o que posso dizer mais, foi simplesmente muito SHOW!!!!!!!! hehehehe



Volta na Ilha Grande at EveryTrail

Map created by EveryTrail: Travel Community

Texto: Marcio Marques