30 de ago. de 2009

XTERRA TRAIL NIGH RUN 2009

Não sou muito de escrever relatos, mas como gosto tanto de ler os que são postados no Blog, resolvi escrever um pouquinho sobre o Xterra Trail Night Run 2009 – Angra dos Reis - RJ (corrida rústica noturna de 9Km que faz parte do evento Xterra Brasil).

O XTERRA chegou ao Brasil em 2005 e é o maior festival de esportes outdoor do planeta. Está presente em 17 países com mais de 150 etapas pelo mundo.

Ainda estou fazendo tratamento no joelho, mas como já havia feito a inscrição com antecedência não ia deixar de participar do evento e perder a festa. Sábado 29/08, seguimos eu e Branca de Neve para o Portobello Resort em Mangaratiba, onde enfrentaríamos os 9Km de corrida noturna.

Como sabia das minhas limitações, optei por uma caminhada forte enquanto a Branca de Neve disparou correndo. Foi uma sensação ruim ser ultrapassado por 98% dos participantes. Para minha surpresa, mesmo caminhando, não fui o último! rsrsrs. O percurso é misto; asfalto, terra, lama, bosta de vaca e travessia de riachos. Por um bom trecho, do 2º Km até o final, segui praticamente sozinho ao som dos mugidos das vacas, dos gritos do pessoal do apoio e iluminado pela luz da lua e da lanterninha de cabeça que ganhamos no kit.

Enfim, cruzei a linha de chegada caminhando! Ovacionado pelos atletas que já haviam chegado e perceberam minha luta contra o joelho. Para completar minha felicidade fui recebido calorosamente pela Branca de Neve que já havia completado a prova há tempos.

Depois de um banho revigorante, partimos para a festa, que rolou até altas horas. Foi muito legal! Esperamos vocês na próxima. Até lá!



largada

concentração antes do início da corrida

Travessia do riacho




Escuridão e a lanterna na cabeça

chegando ao fim

Festa de encerramento

voltando pra casa...

25 de ago. de 2009

SERRA FINA 2009 - PRIMEIRO DIA

Queridos amigos.

Imaginem pegar um fusca, colocar um chimpanzé ao volante e pedir a ele para dar uma volta no autódromo de Interlagos?

Pois é. É assim que eu estou me sentindo.

Acontece, que já faz quase quarenta dias que concluímos a travessia da Serra Fina e ainda não postei o relato.

A verdade é que o relato, propriamente dito, não deu muito trabalho de fazer, apesar, das apesar das 61 (sessenta e uma) fotos anexas e do longo texto. Aqueles que me conhecem sabem que gosto de fazer relatos, mas eles acabam se tornando verdadeiras sagas.

Qualquer dia, escreverei um livro. Hehehehe

Pois é. O fato é que o relato ficou pronto em três semanas, mas publicá-lo é que se tornou um grande desafio.

O problema é que nenhum provedor de internet aceita um arquivo tão grande, para ser mandado via email.

Postá-lo no Blog foi a única solução. Porém também esbarrei no problema do tamanho. A solução foi dividi-lo em 5 (cinco) posts. Um para cada dia, e esta tarefa não é nada fácil, pois, além de ser muito difícil para mim, formatar aquele bendito Blog, o meu computador pode ser comparado a um fusca 66 em tempos de BMW e Ferrari. São 25 (vinte e cinco) minutos para anexar apenas uma foto.

Apesar de toda esta dificuldade, somada à absoluta falta de tempo, já consegui concluir três dias. A minha idéia seria publicar no Blog apenas quando concluísse todos os dias, mas não posso fazer isso, em respeito aos meus queridos Camelos que aguardam ávidos este relato.

Sendo assim, irei publicando os relatos à medida que for concluindo os dias. Desta forma, esta excursão vai acabar virando uma mini série. Mas não tem jeito. É melhor assim, do que ficar enrolando o pessoal por mais duas semanas.

Espero que vocês tenham paciência de ler, pois este relato foi escrito com muito amor para vocês, meus amigos.

Boa leitura.


SERRA FINA – A SERRA QUE CHORA... E QUE FAZ CHORAR


Relato fotográfico da excursão realizada pelos Camelos de Mochila entre os dias 13 e 17 de Julho de 2009.

As passagens estavam compradas, hotel reservado, mochila pronta e previsão do tempo na internet ameaçador... Meu último email para o grupo foi as 22:00h de Domingo, sob muita tensão, já que a previsão do “Clima Tempo” dava tempo ruim para Segunda, pior para Terça, horrível para quarta e melhora apenas para quinta, com sol para Sexta. Ou seja, Serra fina debaixo de chuva, era a previsão ameaçadora e aterrorizante.

1º Dia – 13/09/2009 – Segunda-Feira – DÚVIDAS, PARTIDA E ALEGRIA.


Acordei sem vontade de ir, mas, para minha surpresa, havia sol no Rio de Janeiro.
- Que nada, lá em MG deve estar a maior chuva e vamos nos ferrar.
Cheguei na rodoviária cedo, ainda as 9:15h, já que havia conseguido uma carona com um amigo do trabalho. A passagem estava marcada para as 10:30h.
Logo após, chegaram a turma de Magé – Dinho, Jackson e Jorginho – Me recuso a chamá-lo de Dauguinha (eita apelido ridículo...).
Café, papo, telefonema preocupado do Jamiu (pai do Jackson), telefonema de boa sorte do Carlos Papel e chegada do Alê e o Oteb.
Esse Oteb é um grande chapa. Estava lá para se despedir e nos desejar boa sorte.Me senti o Leonardo de Caprio entrando no Titanic, rumando para uma viagem sem volta.

13/07/09, segunda-feira, 10:57h – Oteb; amigo inseparável, nos dando adeus. “Good bye Rose....”

Esse Oteb é um pé de coelho mesmo, pois quando estávamos saindo ele me afirmou que todas as previsões do tempo iriam errar na semana que iniciava, já que iria desenhar aquele já famoso sol no quintal de seu prédio.
Quem o conhece já sabe, que aquele solzinho é infalível. Foi responsável por três anos consecutivos de travessia Petrópolis/Teresópolis com tempo bom. Fiquei mais tranqüilo e confiante, afinal, aquela era a previsão do nosso Ogro de estimação.
Chegamos a Cruzeiro (SP) por volta das 14:15h e logo fomos comprar as passagens para P. Quatro.

Passagem comprada para 15:30h e longos 30 minutos de espera. Resolvemos almoçar...
Aquele almoço foi brabo, pois foram alguns minutos para procurar o pé sujo decente para comermos, outros minutos intermináveis para a senhora nos servir os PFs e apenas 10 minutos para engolir a comida, pagar, trocar a passagem extra que eu havia comprado por engano, embarcar e sair. Ufaaaaaaaaaa. No final, deu tudo certo. Estávamos a caminho de Passa Quatro (MG).
Após quase uma hora de viagem, entramos na cidade.

13/07/09, segunda-feira, 16:31h - Chegando em Passa Quatro as 16:30h de 13 de Junho/09

Aqui, vale abrir um parágrafo para descrever um pouco sobre esta maravilhosa cidade:

13/07/09, segunda-feira, 17:08h - Eu, na estação de Passa Quatro.

Remonta ao tempo da bandeira de Fernão Dias Pais em 1674 a origem dessa cidade encravada na Serra da Mantiqueira no sul do Estado de Minas Gerais. Situada logo após um marco geográfico bastante notável na Serra, a Garganta do Embaú, por onde passou a expedição liderada por aquele bandeirante, teve sua localização descrita em documentos que dão origem ao nome da cidade. Consta também expedições de Jacques Felix, fundador de Taubaté, e seu filho de mesmo nome, em expedições anteriores, datadas de 1646, pela região que podem ter dado origem ao povoamento mais antigo. Este caminho ficou conhecido, mais tarde, como Caminho Velho da Estrada Real. No caminho descrito por André João Antonil, consta o nome do Ribeirão do Passatrinta, logo após a descida da serra da Amantiqueira, mas segundo nota de Andrée Mansuy Diniz Silva, o nome atual desse afluente do Rio Verde é Passaquatro, ou Passa Quatro.

Geografia:

Cachoeira na Floresta Nacional em Passa-Quatro. Fonte: Wikpedia.

Apesar de não ser a cidade brasileira situada em altitude mais elevada, o município se encontra entre as regiões mais altas do país, apresentando o quarto maior pico brasileiro, a Pedra da MinaSerra Fina e ponto culminante da Serra da Mantiqueira e do Estado de São Paulo, com o qual o município faz fronteira. Aliás, nos limites do município também se encontra o Pico dos Três Estados, marco geodésico da divisa entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e muitos outros picos elevados a mais de dois mil metros de altitude, tornando-a uma localidade onde se pratica o montanhismo. O relevo montanhoso é presente em 90% do município, sendo considerado ondulado em 8% e plano somente 2%, onde se encontra a maior parte do centro urbano.
O município é cortado pelo Rio Passa Quatro e pelo Rio das Pedras que são parte integrante da bacia do Rio Grande.
Inúmeras paisagens cênicas naturais, como cachoeiras e matas nativas, além das montanhas, preenchem a região que se encontra praticamente equidistante (cerca de 270 km) dos dois principais pólos geradores de fluxo turístico do Brasil, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Por este motivo, atualmente, a cidade tem apresentado forte desenvolvimento no setor turístico, notadamente com o ecoturismo, o que vem mudando sua vocação tradicionalmente agrícola e de criação de gado leiteiro.
Fonte: Wikpedia.

Voltemos para o que interessa:

Chegamos a cidade já eram quase 17:00h e corremos para nos acomodar.
Logo em seguida encontramos o Rodrigo Cury, que já havia chegado na cidade a algumas horas.O restante do dia foi só turismo e preparação para a nossa jornada do dia seguinte

13/07/09, segunda-feira, 17:37h - Os Camelos e a Igreja. Buscando forças para a aventura que viria

13/07/09, segunda-feira, 17:39h - Só alegria na véspera da grande aventura do ano.

13/07/0 , segunda-feira, 18:21h - Na pracinha à noite. Nosso hotel é este sobradinho a direita.

13/07/09, segunda-feira, 18:54h - Alê, Rodrigo e eu, curtindo o friozinho da noite.

13/07/09, segunda-feira , 19:59h - A turma toda tomando um café antes de se recolher. Da esquerda para a direita: Alê, Alberto (eu), Rodrigo, Jorginho, Jackson e Dinho.

Aqui vale abrir outro parágrafo que para relatar um fato que seria de suma importância para a nossa excursão.
Já íamos nos recolher, quando estávamos entrando no hotel e, de repente um homem em uma bicicleta nos interpelou perguntando se éramos do grupo que iria fazer a S. Fina no dia seguinte.
Confirmamos e ele se apresentou como sendo o Guto – guia local que iria também fazer a S. Fina no dia seguinte com um ciente de S. Paulo.
Conversamos um pouco e ele nos deu algumas dicas sobre o nosso resgate e outras coisas, além de dizer que iria sair um pouco mais tarde que nós.


FIM DO PRIMEIRO DIA

SERRA FINA 2009 - SEGUNDO DIA

2º Dia – 14/07/2009 - Terça-Feira – COMEÇA A AVENTURA RUMO AO CAPIM AMARELO


Acordamos as 6:00h e fomos tomar nosso café.


14/07/09, terça-feira, 6:27h – Tomando café da manhã antes da partida para a Serra Fina.

Observe pela janela, que ainda é noite na cidade e o frio é intenso.
As 7:00h já estávamos embarcando na Kombi do Celso – nosso resgate – e a caminho da tocado Lobo.


14/07/09, terça-feira, 7:16h - A turma embarcando na Kombi, rumo à Toca do Lobo.

O dia estava maravilhoso, limpo e sem chances aparente de chuva. A mandinga do Oteb havia dado certo, mais uma vez.

Nos abastecemos com 4lts de água cada um, pois sabíamos que a próxima fonte de água seria apenas no Vale do Ruar, apenas na Quinta-feira. Ou seja, água para 2 dias de caminhada.

A minha mochila era a maior, pra variar, e parecia que pesava uns 30kgs com aquela carga adicional de água.


14/07/09, terça-feira, 8:15h - Abastecemos as garrafas na Toca do Lobo. Foram mais 4kg de carga em cada mochila.

14/07/09, terça-feira, 8:15h - Ainda na Toca do Lobo. Observem a esquerda da foto uma pequena gruta. Ela é bastante rasa, mas deu o nome ao local.

Cruzamos o Riacho e começamos a subir por uma trilha pouco marcada, ao contrário do que havia lido nos relatos.

Uma hora depois, a trilha abriu e a navegação ficou mais fácil.

14/07/09 , terça-feira, 9:01h - Após uma hora de caminhada, a vegetação começa a mudar sua característica para a forma tradicional de montanha.

A essa altura do campeonato, nosso maravilhoso, fabuloso, fantástico e excepcional GPS, já estava me apresentando suas credenciais – margem de erro média de 10 metros, com céu claro. Imediatamente coloquei nosso “batedor” (Jackson) na vanguarda da coluna e segui logo atrás, navegando, ou melhor, tentando navegar com o nosso trombolhudo GPS (GARMIM LEGEND = NÃO COMPREM).
Após o primeiro trecho, meio confuso, a trilha se apresentou até tranqüila, apesar da subida ser sempre constante. Os visuais não tardaram a aparecer e algumas horas depois, estávamos no Quartzito a mais de 2.000m de altitude.


14/06/09 , terça-feira, 9:01h – Eu e Dinho rumo ao Quartzito. Seria um dia muito difícil para o meu amigo.

Foi então que a S. Fina começou a se mostrar em todo o seu esplendor e magnitude.

Caminhamos sobre a crista das montanhas, em um incessante descer e subir, com o Monte do Capim Amarelo Ameaçadoramente a nossa frente.


14/07/09, terça-feira, 10:44h – Foto tirada do quartzito. Grandiosidade que imagens não são suficientes para expressar. É preciso estar lá para sentir.

A cada pequena descida, sucedia uma subida maior ainda e neste ritmo fomos ganhando altura, até que chegamos à base do Capim Amarelo.

A essa altura do campeonato, o Dinho já estava “estragado” e se tivesse na Tropa de Elite, ele ia “pedir pra sair”. É sempre assim. No primeiro dia ele sempre demora a metabolizar e fica ruim.


14/07/09, terça-feira, 11:40h – A caminho do Capim Amarelo, o Dinho estava quebradão. Ruim de marrédessí.

Por outro lado, o Alê disparou na frente, já que a trilha estava muito bem demarcada. Logo, ele havia sumido da nossa vista.

O restante da turma ia bem e pra variar, os garotos (Jackson e Jorginho) estavam loucos pra seguir o Alê. Coisas da idade e da saúde em excesso.

A subida do Capim Amarelo foi duríssima.

14/07/09, terça-feira, 13:46h – A caminho do Capim Amarelo. Um dos muitos trechos em que tivemos que utilizar as mãos para escalaminhar.

O interessante é a diferença singular entre o PARNASO e a Mantiqueira.

No PARNASO, após uma determinada altitude a vegetação passa a ser composta de capim de anta baixo, com pequenas áreas de vegetações maiores, entre uma montanha e outra.

Já da Mantiqueira, a coisa é diferente. No meio de uma subida com uma vegetação tradicional de campo de altitude, a gente acaba se deparando,em plena subida, com uma mata bastante densa, de árvores altas, bem parecidas com aquela mata da subida da Pedra da Gávea, via Estrada das Canoas, próxima à Geladeira.

Neste ponto, tivemos, eu, Jackson e Jorginho, que parar pra esperar o Dinho, que estava muito ruim lá atrás. O Rodrigo, que estava sobrando e cheio de gás, acompanhou o Alê e seguiu.

Após a chegada do Dinho, descansamos um pouco e seguimos.

Subida dura, com uso freqüente das mãos para vencer a vegetação densa e a lama escorregadia e constante.

Quase caí! O Jackson, que estava atrás de mim, presenciou e levou um susto. Escorreguei em uma subida de mais de 70 graus de inclinação e me segurei com a mão esquerda em uma raiz.

Esta manobra me custou uma luxação no ombro que iria me perturbar silenciosamente por toda a travessia.

Logo após, encontramos os dois vanguardistas (Alê e Rodrigo) e descansamos um pouco mais.

Energético, granola, água (sempre contida), papo, fotos e seguimos para o último esforço no intuito de vencer o Capim Amarelo.

Após seis horas e meia de caminhada, chegamos ao cume do Capim Amarelo.

Quando chegamos lá, o Alê já havia montado a sua barraca. O cara deu um gás inacreditável no final. Comemoramos muito, pois certamente havia sido o maior esforço de subida que eu havia feito nesses meus nove anos de montanhismo.

O Alto do Capim Amarelo:


A direita está o Quartzito e caminhando pela crista, lá no canto superior esquerdo, o Pico do Capim Amarelo, com o interminável sobe e desce até chegar ao seu cume. Fonte Wikpedia

São 2.500m de altitude encravado na Serra da Mantiqueira.

O seu cume é plano, coberto de capim de anta com dois metros de altura.

No meio destes capins existem diversas clareiras excelentes para montar acampamento, tornando todo este capim do entorno, uma ótima proteção dos ventos cortantes do local.

O visual é esplêndido e logo tratamos de montar nosso acampamento e preparar o almoço/jantar.



14/07/09, terça-feira, 14:58h – No alto do Capim Amarelo. Enfim, acampados e descansando.

Logo depois chegaram o Guto e o seu cliente (André).

A partir deste momento, o Guto nos “adotou” como caronas e se tornou fundamental para o sucesso de nossa expedição.

Logo ele nos deu a primeira dica, que eu jamais havia lido em qualquer relato sobre a Serra Fina.

Existe na Serra Fina uma praga de ratos silvestres:

Pois é, podem acreditar: Todos os picos da Serra Fina, freqüentados por montanhistas, estão infestados de pequenos camundongos silvestres que chegam perto da gente, sem a menor cerimônia, assim que começamos a esquentar a comida.

Eles já estão acostumados conosco e ficam aguardando a gente dar bobeira ou dormir, para assaltar nossos alimentos.

O Guto recomendou que colocássemos os alimentos dentro de sacos plásticos e dentro da mochila fechada, para não exalar cheiro, pois eles são capazes de roer a barraca, roer a mochila e pegar a comida no meio da noite.

A saída é deixar um “suborno”, ou seja, um pouco de comida, ou embalagens usadas a uma certa distância da barraca, para que eles se fartem de comer e nos deixem em paz.

Assim eu fiz. Deixei uma lata de feijão suja a uns 5 metros da barraca e acordei várias vezes durante a noite com o barulho da bendita lata sendo revirada e, pela manhã, a mesma estava brilhando de lustrada e cheia de coco de rato.

Que M.....!!!

Depois disso, todas as noites foram um misto de cansaço, dor no corpo, torpor e alerta, para que os ratos não furassem minha preciosa barraquinha Manaslú, comprada com tanto sacrifício.

A vítima dos ratos, no nosso grupo foi o André (o paulistano), que teve sua barraca furada por um desses “Jerris” famintos.

Deixando os ratos de lado, e voltando para o Alto do Capim Amarelo, assistimos a um por do sol esplendoroso e um nascer do sol fantástico.

14/07/09, terça-feira, 16:21h – Visual do alto do Capim Amarelo. Observem no centro da foto, dentro daquilo que parece uma cratera, uma formação rochosa parecendo uma caveira. Chama-se Pedra da Caveira. A direita da foto, há um pequeno ponto branco e brilhante que se destaca. Trata-se de destroços de um bimotor que se chocou com a montanha. Piloto e co-piloto morreram com a colisão.


14/07/09, terça-feira, 16:25h – Eu, Rodrigo e Dinho, contemplando a beleza do lugar. Recompensa merecida após um dia de muito esforço

14/07/09, terça-feira, 18:07h – Jackson apreciando o belo por do Sol no Capim Amarelo.

Segundo alguns relatos, o primeiro dia, até o Capim Amarelo, é o pior, com a subida mais exaustiva.

Isso me confortava e eu coloquei esta observação para o grupo, principalmente para animar o Dinho, que já alimentava a idéia de voltar pela rota de fuga do Paiolinho.

A verdade é que eu estava enganado, pois os desafios estavam apenas começando...





FIM DO SEGUNDO DIA