24 de jul. de 2008

Portaria do Plano de manejo do PARNASO é publicada no Diário Oficial.

A Portaria que oficializa o novo plano de manejo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (22/07), oficializando as novas normas de visitação e proteção do Parque e estabelecendo as principais ações a serem adotadas nos próximos cinco anos.

Este é o primeiro plano de manejo produzido integralmente pela própria equipe técnica de uma área protegida no país. Normalmente os planos de manejo são feitos por pesquisadores e consultores contratados. O chefe do PARNASO e coordenador geral do plano, Ernesto Viveiros de Castro, destaca a importância da participação da equipe: “o envolvimento direto dos técnicos no planejamento aproxima o plano da realidade de gestão do Parque e deve fortalecer sua implementação, que ainda é um grande desafio no país”.

O plano do PARNASO teve apoio da equipe técnica da Diretoria de Ecossistemas, pesquisadores e sociedade em geral. O processo foi participativo, incluindo 5 reuniões abertas nas comunidades do entorno, encontro de pesquisadores, oficina de planejamento participativo e acompanhamento pelo conselho consultivo.

O plano de manejo anterior foi publicado em 1980 encontrava-se completamente obsoleto em função do tempo decorrido, das mudanças na legislação e da definição dos limites do parque em 1984.

O novo plano busca conciliar as atividades de uso público com a conservação, estabelecendo critérios diferentes de acesso para cada trilha, dependendo da fragilidade do ambiente. Após amplo debate com montanhistas e demais usuários foi liberado o acesso a algumas trilhas antes proibidas e fechadas áreas muito suscetíveis, como aquelas em que se registra a ocorrência do macaco muriqui (Brachyteles arachnoides), o maior primata das Américas e um dos mais ameaçados do mundo.

Os levantamentos realizados para o diagnóstico do plano de manejo identificaram que o PARNASO tem a maior riqueza de aves registrada da Mata Atlântica (462 espécies) e mais de 130 espécies animais ameaçadas.

Fonte: http://www.ibama.gov.br/parnaso/

10 de jul. de 2008

Travessia Petro-Tere 2008, dia 17 à 20 de julho.

Segue abaixo nossa programação para a Travessia Petro/Tere 2008.

Nossa programação preliminar é a seguinte:

Dia 17, quinta-feira: para os que moram no Rio, saída da Penha ou da Rodoviária; encontro na rodoviária de Petrópolis; de lá, pegar mais dois ônibus até as proximidades da entrada do Parque, onde nos encontraremos com os outros companheiros, vindos de Magé. Paradinha para comer vaca atolada num barzinho próximo e, alimentados, começar a subida noturna (e com lua cheia) até o Ajax, onde pernoitaremos. Da entrada do parque até lá são aproximadamente 3 horas de caminhada;


Dia 18, sexta-feira: caminharemos do Ajax até o Açu, em aproximadamente 3 horas de caminhada. Restante do dia nas imediações dos Castelos do Açu;


Dia 19, sábado: o dia mais brabo da travessia, com diversas subidas e descidas de montanhas e grandes visuais. Porém, como estaremos bem descansados, espero que seja "moleza", hehehe. Serão aproximadamente 7 horas de caminhada até o cume da Pedra do Sino, local onde provavelmente pernoitaremos (se não for lá, será na área de barracas ou nas camas do Abrigo 4);


Dia 20, domingo: Moleza total. Serão 15 km de descida (às vezes monótona) até a portaria do Parque, em Teresópolis.



9 de jul. de 2008

Chegar até o pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, não é tarefa fácil.

Expedição a quase 3 mil metros de altitude requer esforço, mas é recompensada pela beleza do Amazonas.
Christian Brandão

Não é só a altitude que torna difícil a empreitada de subir ao pi co da Neblina, ponto mais alto do Brasil. Distante de quase tudo e com acesso somente de barco ou pequenos aviões, a grande montanha amazônica continua sublime envolvida por sua s nuvens.O pico fica dentro do Parque Nacional que leva seu nome. Localizado próximo à fronteira com a Venezuela - onde está o Parque Nacional La Neblina - é uma das maiores áreas de preservação da América do Sul, com mais de dois milhões de hectares.

O ponto de partida para chegar até o ponto mais alto do país - que a partir de 2004 com novos estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) passou a ter 2.993 metros, ao invés de 3.014 - é a cidade de São Gabriel da Cachoeira, distante quase 900 quilômetros de Manaus.

A partir do município é necessário pegar uma voadeira e se embrenhar por longas horas nos igarapés e rios da Amazônia. O verde das matas e as águas começam a se tornar uma verdadeira imensidão.

O início da trilha está a pouco mais de 150 metros acima do nível do mar. Junte a isso um terreno lamacento, escorregadio e cheio de obstáculos. É este o cenário - que tem como coadjuvantes insetos estranhos e muita umidade - dos quase 40 quilômetros de trilha.

O esforço de passar por uma das trilhas mais difíceis do Brasil não é recompensado somente pelo amanhecer ou fim de tarde com um gigante tapete verde se estendendo sob os pés.

Durante todo o percurso, animais e plantas surpreendem pela beleza e diversidade. A pureza do Amazonas ainda intocado não se revela apenas a quase três mil metros de altitude. É no chão, em meio à lama, que a floresta se mostra.

Fonte: Grupo Viagem
Créditos:
Sylvia Silva e André Dib

6 de jul. de 2008