3 de mar. de 2012

Trilha Guapimirim – Cachoeira do Garrafão (26 de fevereiro de 2012)

Por sugestão do Alberto, fizemos essa trilha exploratória entre Guapimirim e a cachoeira do Garrafão, localizada bem perto da estrada Rio-Teresópolis.

O caminho mais fácil e usual para a cachoeira, tanto de quem vem por Teresópolis como pelo Rio, é mesmo pela estrada, nas proximidades do posto de gasolina Garrafão (defronte ao Escalavrado). Vindo pelo Rio, ao passar pelo posto, basta seguir adiante por mais 500 metros e entrar num caminho estreito que fica ao lado da Rio-Teresópolis, onde há um ponto de ônibus (a Rio-Teresópolis segue numa curva bem acentuada à esquerda). Já no caminho, entrar à direita, onde começa uma descida e tem um barzinho, e seguir por mais uns 100 metros, onde haverá outro bar, agora do lado esquerdo da estradinha. É só parar nas proximidades desse segundo barzinho que a trilha começa quase ao lado dele, um pouco abaixo. Em menos de 5 minutos, chega-se à cachoeira.

Mas há um caminho mais “hard” para se chegar a essa mesma cachoeira: uma caminhada de 3 horas desde Guapimirim, no pé da serra. É um caminho usado por pilotos de motocross, que utilizam essa (e outras) trilhas na mata para chegar à estrada, partindo de Guapimirim. É um caminho com algumas bifurcações, mas nada muito complexo.

Nosso plano inicial: dormir na casa do Alberto, em Guapimirim, e sair bem cedo para fazer essa trilha (05h00 era o horário previsto).

Assim sendo, saímos eu e o Sandro Shankara (Sandro “Yoga”, para os camelos) da Ilha do Governador em direção à Guapi. O George “Arcanjo” seguiria para lá a partir de Nilópolis. Junto com o Alberto, seríamos os 4 camelos a fazer essa trilha.

Eu e Sandro levamos cerca de 90 minutos para chegar na casa do Alberto, convivendo com tipos pitorescos no ônibus em que estávamos. Pelo menos, ficamos por dentro das últimas novidades do funk carioca, já que uma galerinha que estava no fundo do ônibus, não satisfeita em escutar suas músicas, resolveu compartilhar essa experiência maravilhosa com os demais passageiros, hehe. Que chato quando eles foram embora, hehehehehehe.

Quando chegamos na casa do Alberto, por volta das 20h30min, encontramos o George, que havia chegado há pouco. Saímos (junto com a Ana e a Anninha – respectivamente mulher e filha do Alberto) para comer uma pizza, e a idéia de acordar às 05h00 já tinha sido “abortada” pelo Sandro, hehe. Depois de nos empanturrarmos de pizza, fomos dormir por volta de 01h00 da manhã. Resolvemos relaxar e partir um pouco mais tarde.

Acordamos por volta das 06h00 com o sol nascendo. Arrumamos a bagagem, preparamos os sanduíches, tomamos café e partimos exatamente às 07h00. Dia lindíssimo, paisagem idem. O início da trilha, que segue pelo calçamento da estrada do Limoeiro, é bem plano e tranquilo. Era possível contemplar todos os principais picos da Serra dos Órgãos, e ver também o grande desnível que iríamos enfrentar...

Seguimos direto pela estrada do Limoeiro. Na primeira bifurcação, que fica na altura da entrada do condomínio Alpha II, continuamos seguindo reto (caminho natural da estrada). Em seguida, passamos pela entrada do condomínio Rancho do Limoeiro e, em alguns minutos, chegamos em outra bifurcação. À esquerda, o caminho seguia em direção a algumas casas. À direita, onde iniciava-se uma estradinha de terra estreita e há uma grande pedra, era o nosso caminho. Começava também um trecho de mata. Assim que adentramos nesse caminho, passaram dois motoqueiros à toda e tivemos que sair do caminho porque os caras não param! Nesse mesmo local, papeamos brevemente com um morador de uma casa simples ao lado da trilha e, ao perguntarmos se aquele caminho nos levaria mesmo à cachoeira do Garrafão, ele respondeu: ”chegar até que chega, mas é looooonge...Vocês vão mesmo para lá?” Hehehehehe.

Continuamos na trilha, agora paralelamente a uma cerca que delimitava um condomínio da região.

Fomos seguindo até passarmos ao lado de uma caixa d´água. Nesse local, havia algumas pequenas bifurcações, mas seguimos pelo caminho principal (descendo levemente) até sair da mata e chegar em um trecho pavimentado.



Continuamos subindo (no sentido à esquerda de quem saiu da mata) por alguns poucos minutos e chegamos então em outra bifurcação, onde nosso caminho seguia novamente à esquerda, subindo, entrando novamente na mata. Demos uma pequena parada para beber água, comer algo e falar mal de nossos amigos que não vieram fazer a trilha, hehehehehehe.


De volta à trilha, constatamos, de fato, o início do trecho de subida do caminho. Andamos por uns 20 minutos até chegarmos em um local onde há uma placa do IBAMA, indicando a única possibilidade possível de prosseguir (o caminho antigo está fechado por uma cerca indicando propriedade particular). Essa área foi adicionada recentemente ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Entramos pelo portão do IBAMA e prosseguimos.

A partir da entrada com a placa do IBAMA, a trilha fica muito erodida e íngreme. Porém, após alguns minutos, um riacho atravessa a trilha e é um ótimo local para recuperar as energias e descansar um pouco.


Depois do riacho, continuamos subindo até encontrarmos uma enorme árvore caída no meio da trilha, já bem próximo ao início de outro trecho pavimentado e com casas.


Começou aí o trecho mais íngreme de todo o caminho, subimos bastante pelo calçamento até chegarmos em uma estrada mais larga. Nesse ponto, subimos à esquerda, na direção do Dedo de Deus, que já era visível entre as árvores.


Subimos por alguns poucos minutos (e até passamos da entrada da cachoeira, hehe) e paramos em um barzinho, já bem próximo da Rio-Teresópolis, para um pequeno descanso (o sol estava quente pra caramba e já trilhávamos há 3 horas). Pegamos informações com o dono do barzinho, descemos por 5 minutos pelo caminho que havíamos subido antes e finalmente adentramos na pequena trilha que leva à cachoeira.




É uma linda cachoeira, com dois seguimentos de queda. Optamos primeiro por ficar no seguimento que fica mais embaixo - um poço pequeno e raso, mas suficiente para um bom mergulho até a queda d´água.

Depois de algum tempo nos esbaldando na cachoeira, SURPRESA: chegaram a Flávia Baddini e o Zé, amigo dela. Aí mesmo é que o papo animou de vez. Decidimos almoçar todos juntos em Guapimirim, mas antes demos uma passada na parte superior da cachoeira antes de descermos para Guapi.




Eu, Sandro, Alberto e George subimos até a estrada e andamos cerca de 500 metros até o ponto que fica defronte ao posto Garrafão, onde esperamos cerca de meia hora por uma van que nos levasse até Guapimirim. Flávia e Zé iriam nos encontrar lá depois.



Chegando em Guapi, pegamos a Ana e a Anninha e fomos almoçar em um restaurante de comida mineira. Lá, encontramos a Flávia, o Zé e a mãe da Flávia. Em seguida, uma rodada de sorvete na casa do Alberto para aplacar o forte calor e terminar com chave de ouro um dia extraordinário. Como sempre, Alberto e Ana com hospitalidade sem limites.


O tempo todo em contato com gente de alto astral e natureza exuberante. O que mais um camelo pode querer? Hehehehehehe. Um dia fazendo trilha com os camelos, sem dúvida, é um dia de riso garantido.

Beijos e abraços em todos e até a próxima aventura!

4 comentários:

Musica Indiana Brasil disse...

Incrível essa foto onde me fiz um "auto" chifrinho!

Sandro Shankara

Alberto Monte disse...

Parabéns amigos pelo excelente Domingo e parabéns Oteb pelo relato.
Foi um Domingo muito especial.

Maria Clara Tavares disse...

Demais! Escolhi Guapimirim para fazer um projeto de inglês, estou pesquisando sobre a cidade e fiquei encantada. Preciso ir nesse lugar! hahaha
Parabéns pelo passeio e pelo post. Adorei! \o/

Unknown disse...

Tem algum trasnporte de Guapimirim que me deixe lá na estrada que possa acessar a cachoeira do Garrafão??? Me informaram que tem uma Va n que sai de Guapimirim e verdade??