25 de ago. de 2009

SERRA FINA 2009 - PRIMEIRO DIA

Queridos amigos.

Imaginem pegar um fusca, colocar um chimpanzé ao volante e pedir a ele para dar uma volta no autódromo de Interlagos?

Pois é. É assim que eu estou me sentindo.

Acontece, que já faz quase quarenta dias que concluímos a travessia da Serra Fina e ainda não postei o relato.

A verdade é que o relato, propriamente dito, não deu muito trabalho de fazer, apesar, das apesar das 61 (sessenta e uma) fotos anexas e do longo texto. Aqueles que me conhecem sabem que gosto de fazer relatos, mas eles acabam se tornando verdadeiras sagas.

Qualquer dia, escreverei um livro. Hehehehe

Pois é. O fato é que o relato ficou pronto em três semanas, mas publicá-lo é que se tornou um grande desafio.

O problema é que nenhum provedor de internet aceita um arquivo tão grande, para ser mandado via email.

Postá-lo no Blog foi a única solução. Porém também esbarrei no problema do tamanho. A solução foi dividi-lo em 5 (cinco) posts. Um para cada dia, e esta tarefa não é nada fácil, pois, além de ser muito difícil para mim, formatar aquele bendito Blog, o meu computador pode ser comparado a um fusca 66 em tempos de BMW e Ferrari. São 25 (vinte e cinco) minutos para anexar apenas uma foto.

Apesar de toda esta dificuldade, somada à absoluta falta de tempo, já consegui concluir três dias. A minha idéia seria publicar no Blog apenas quando concluísse todos os dias, mas não posso fazer isso, em respeito aos meus queridos Camelos que aguardam ávidos este relato.

Sendo assim, irei publicando os relatos à medida que for concluindo os dias. Desta forma, esta excursão vai acabar virando uma mini série. Mas não tem jeito. É melhor assim, do que ficar enrolando o pessoal por mais duas semanas.

Espero que vocês tenham paciência de ler, pois este relato foi escrito com muito amor para vocês, meus amigos.

Boa leitura.


SERRA FINA – A SERRA QUE CHORA... E QUE FAZ CHORAR


Relato fotográfico da excursão realizada pelos Camelos de Mochila entre os dias 13 e 17 de Julho de 2009.

As passagens estavam compradas, hotel reservado, mochila pronta e previsão do tempo na internet ameaçador... Meu último email para o grupo foi as 22:00h de Domingo, sob muita tensão, já que a previsão do “Clima Tempo” dava tempo ruim para Segunda, pior para Terça, horrível para quarta e melhora apenas para quinta, com sol para Sexta. Ou seja, Serra fina debaixo de chuva, era a previsão ameaçadora e aterrorizante.

1º Dia – 13/09/2009 – Segunda-Feira – DÚVIDAS, PARTIDA E ALEGRIA.


Acordei sem vontade de ir, mas, para minha surpresa, havia sol no Rio de Janeiro.
- Que nada, lá em MG deve estar a maior chuva e vamos nos ferrar.
Cheguei na rodoviária cedo, ainda as 9:15h, já que havia conseguido uma carona com um amigo do trabalho. A passagem estava marcada para as 10:30h.
Logo após, chegaram a turma de Magé – Dinho, Jackson e Jorginho – Me recuso a chamá-lo de Dauguinha (eita apelido ridículo...).
Café, papo, telefonema preocupado do Jamiu (pai do Jackson), telefonema de boa sorte do Carlos Papel e chegada do Alê e o Oteb.
Esse Oteb é um grande chapa. Estava lá para se despedir e nos desejar boa sorte.Me senti o Leonardo de Caprio entrando no Titanic, rumando para uma viagem sem volta.

13/07/09, segunda-feira, 10:57h – Oteb; amigo inseparável, nos dando adeus. “Good bye Rose....”

Esse Oteb é um pé de coelho mesmo, pois quando estávamos saindo ele me afirmou que todas as previsões do tempo iriam errar na semana que iniciava, já que iria desenhar aquele já famoso sol no quintal de seu prédio.
Quem o conhece já sabe, que aquele solzinho é infalível. Foi responsável por três anos consecutivos de travessia Petrópolis/Teresópolis com tempo bom. Fiquei mais tranqüilo e confiante, afinal, aquela era a previsão do nosso Ogro de estimação.
Chegamos a Cruzeiro (SP) por volta das 14:15h e logo fomos comprar as passagens para P. Quatro.

Passagem comprada para 15:30h e longos 30 minutos de espera. Resolvemos almoçar...
Aquele almoço foi brabo, pois foram alguns minutos para procurar o pé sujo decente para comermos, outros minutos intermináveis para a senhora nos servir os PFs e apenas 10 minutos para engolir a comida, pagar, trocar a passagem extra que eu havia comprado por engano, embarcar e sair. Ufaaaaaaaaaa. No final, deu tudo certo. Estávamos a caminho de Passa Quatro (MG).
Após quase uma hora de viagem, entramos na cidade.

13/07/09, segunda-feira, 16:31h - Chegando em Passa Quatro as 16:30h de 13 de Junho/09

Aqui, vale abrir um parágrafo para descrever um pouco sobre esta maravilhosa cidade:

13/07/09, segunda-feira, 17:08h - Eu, na estação de Passa Quatro.

Remonta ao tempo da bandeira de Fernão Dias Pais em 1674 a origem dessa cidade encravada na Serra da Mantiqueira no sul do Estado de Minas Gerais. Situada logo após um marco geográfico bastante notável na Serra, a Garganta do Embaú, por onde passou a expedição liderada por aquele bandeirante, teve sua localização descrita em documentos que dão origem ao nome da cidade. Consta também expedições de Jacques Felix, fundador de Taubaté, e seu filho de mesmo nome, em expedições anteriores, datadas de 1646, pela região que podem ter dado origem ao povoamento mais antigo. Este caminho ficou conhecido, mais tarde, como Caminho Velho da Estrada Real. No caminho descrito por André João Antonil, consta o nome do Ribeirão do Passatrinta, logo após a descida da serra da Amantiqueira, mas segundo nota de Andrée Mansuy Diniz Silva, o nome atual desse afluente do Rio Verde é Passaquatro, ou Passa Quatro.

Geografia:

Cachoeira na Floresta Nacional em Passa-Quatro. Fonte: Wikpedia.

Apesar de não ser a cidade brasileira situada em altitude mais elevada, o município se encontra entre as regiões mais altas do país, apresentando o quarto maior pico brasileiro, a Pedra da MinaSerra Fina e ponto culminante da Serra da Mantiqueira e do Estado de São Paulo, com o qual o município faz fronteira. Aliás, nos limites do município também se encontra o Pico dos Três Estados, marco geodésico da divisa entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e muitos outros picos elevados a mais de dois mil metros de altitude, tornando-a uma localidade onde se pratica o montanhismo. O relevo montanhoso é presente em 90% do município, sendo considerado ondulado em 8% e plano somente 2%, onde se encontra a maior parte do centro urbano.
O município é cortado pelo Rio Passa Quatro e pelo Rio das Pedras que são parte integrante da bacia do Rio Grande.
Inúmeras paisagens cênicas naturais, como cachoeiras e matas nativas, além das montanhas, preenchem a região que se encontra praticamente equidistante (cerca de 270 km) dos dois principais pólos geradores de fluxo turístico do Brasil, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Por este motivo, atualmente, a cidade tem apresentado forte desenvolvimento no setor turístico, notadamente com o ecoturismo, o que vem mudando sua vocação tradicionalmente agrícola e de criação de gado leiteiro.
Fonte: Wikpedia.

Voltemos para o que interessa:

Chegamos a cidade já eram quase 17:00h e corremos para nos acomodar.
Logo em seguida encontramos o Rodrigo Cury, que já havia chegado na cidade a algumas horas.O restante do dia foi só turismo e preparação para a nossa jornada do dia seguinte

13/07/09, segunda-feira, 17:37h - Os Camelos e a Igreja. Buscando forças para a aventura que viria

13/07/09, segunda-feira, 17:39h - Só alegria na véspera da grande aventura do ano.

13/07/0 , segunda-feira, 18:21h - Na pracinha à noite. Nosso hotel é este sobradinho a direita.

13/07/09, segunda-feira, 18:54h - Alê, Rodrigo e eu, curtindo o friozinho da noite.

13/07/09, segunda-feira , 19:59h - A turma toda tomando um café antes de se recolher. Da esquerda para a direita: Alê, Alberto (eu), Rodrigo, Jorginho, Jackson e Dinho.

Aqui vale abrir outro parágrafo que para relatar um fato que seria de suma importância para a nossa excursão.
Já íamos nos recolher, quando estávamos entrando no hotel e, de repente um homem em uma bicicleta nos interpelou perguntando se éramos do grupo que iria fazer a S. Fina no dia seguinte.
Confirmamos e ele se apresentou como sendo o Guto – guia local que iria também fazer a S. Fina no dia seguinte com um ciente de S. Paulo.
Conversamos um pouco e ele nos deu algumas dicas sobre o nosso resgate e outras coisas, além de dizer que iria sair um pouco mais tarde que nós.


FIM DO PRIMEIRO DIA

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